Livro A Arte de Osamu Tezuka – Deus do Mangá Capa dura Ed. Mythos Books
Artista, escritor, animador, visionário: Osamu Tezuka é chamado de o Walt Disney do Japão. Contudo, ele foi bem mais do que isso – uma combinação de Walt Disney, Stan Lee, Jack Kirby, Tim Burton, Arthur C. Clarke e Carl Sagan, todos em um único criador incrivelmente prolífico. Criador de Astro Boy, A Fênix, Kimba, Black Jack e diversos outros personagens, Tezuka produziu mais de 170.000 páginas de quadrinhos em aproximadamente 700 títulos diferentes de mangás, e trabalhou em várias animações, séries de televisão e filmes experimentais. No processo, ele estabeleceu as bases para as indústrias modernas de mangá e anime, influenciou artistas no mundo todo e estabeleceu sistemas para a produção de quadrinhos e animação que são usados até os dias de hoje. A Arte de Tezuka: Deus do Mangá conta a história da extraordinária vida e carreira de Tezuka, apresentando centenas de espetaculares páginas de quadrinhos, capas, esboços pôsteres e designs. É uma obra essencial e obrigatória a todos os amantes de mangá, anime e da Nona Arte em geral.
Osamu Tezuka criando um de seus muitos personagens
Jus ao título
Pontuamos isso porque habituou-se chamá-lo de Deus do Mangá associando seu volume de produção à qualidade. De fato, Tezuka deixou mais de 700 mangás escritos, o que beira o inacreditável. Mas, como não pode deixar de ser, uma quantidade tão grande implica numa instabilidade de qualidade, e por isso muitos questionam se a tal alcunha não é um exagero, que mistura o carinho pelas suas principais obras com sua qualidade geral.
Mas, como autor de títulos como Ayako e editor da revista COM, Tezuka também se posicionou politicamente apontando não apenas para os conflitos geracionais e cismas provocados pela guerra, como também o conservadorismo que tomava sua arte e tentava torná-la um nicho alienado infanto-juvenil. Sua influência não foi apenas sobre a arte em si, mas também sobre os horizontes que ele via antes de todos, e para onde apontou inspirando quadrinistas ao redor do mundo. Ou seja, não apenas pela sua versatilidade e talento, mas pela sua luta, posicionamento e influência, Tezuka recebeu a alcunha de Deus do Mangá.
O volume em si é primoroso. A Mythos não poupou esforços para fazer valer a pesquisa e visão de McCarthy – o que é no mínimo justo, já que a biografa é possivelmente uma das maiores pesquisadoras da cultura oriental no Ocidente, e faz questão de fazer sua pesquisa sobre Tezuka ser apresentada de uma forma palatável, atraente e até mesmo divertida em certos momentos.
Portanto, se você tem qualquer interesse na vida e na obra de um dos maiores quadrinistas de todos os tempos em qualquer lugar e época, A Arte de Osamu Tezuka é uma adição absolutamente magistral para sua coleção.
Fiquem com Deus – do Mangá!
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