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A Operação Barbarossa: 1941

A Operação Barbarossa: 1941

Em toda história das guerras mundiais, nunca se viu uma invasão a uma nação em tamanha proporção, quase 4 milhões de soldados alemães atravessando uma fronteira.  No dia 22 de Junho de 1941, mas precisamente ás 3h15 da manhã, começou  “A Operação Barbarossa”, nome em homenagem a Frederico Barbarossa (ou “Barba Ruiva”), foi o Imperador Romano Germânico, a União Soviética estava sendo invadida pelos exércitos hitleristas. Essa operação mobilizou 3,6 milhões de soldados alemães, auxiliados por 3.600 tanques e 2.700 aviões. A invasão da União Soviética tinha como objetivos principais a destruição do bolchevismo, seu imenso território e a obtenção dos recursos naturais.

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Mapa da invasão.

Fatos anteriores

Já em meados da década de 1920, isso no inicio de sua carreira política, Hitler já defendia que o bolchevismo soviético era o maior inimigo do povo germânico, enfatizando isso em seus discursos e escritos. Quando assumiu o poder da Alemanha em 1933, Hitler doutrinou a população a acreditar que uma guerra contra a União Soviética era essencial para a sobrevivência do povo alemão.

Em razão dessa rivalidade ideológica existente entre a Alemanha Nazista e a União Soviética, esperava-se, em 1939, que um confronto entre as duas nações fosse acontecer como consequência do clima de tensão existente na Europa. Essa expectativa pelo confronto entre esses dois países fez com que todo o mundo fosse pego de surpresa pela assinatura do Ribentrop-Molotov ou pacto de não agressão.

Em 1939 foi firmado o Pacto Germano-Soviético ou Pacto Ribbentrop-Molotov consistia em um acordo de não agressão entre as duas potências, por pelo  menos 10 anos, isso a poucos dias do inicio da Segunda Guerra Mundial, e ainda continha cláusulas secretas que estipulavam a divisão de territórios na Europa entre os dois países (como no caso da Polônia).

Através dele ficou firmado que caso a Alemanha Nazista se envolvesse em conflitos com outras nações do ocidente europeu, a União Soviética não interviria.

De uma certa forma, esse acordo foi uma farsa, pois tanto alemães quanto soviéticos sabiam que a guerra entre as duas nações fosse algo inevitável. Para a Alemanha, o acordo era importante porque lhe garantia recursos soviéticos essenciais e permitia aos alemães concentrarem-se no fronte ocidental da guerra. Para os soviéticos, a importância desse acordo estava em possibilitá-los reforçar suas defesas para um futuro embate.

Poucos dias depois da assinatura do acordo entre as duas nações, os alemães atacaram a Polônia, evento que deu início à Segunda Guerra Mundial. De 1939 até meados de 1941, a Alemanha teria um período de consideráveis vitórias na guerra, com a invasão de diversos países como Polônia, Noruega, França etc. Atribuem-se essas vitórias, em grande parte, à tática inovadora da blitzkrieg.

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Unidades militares alemães em ação: blitzkrieg.

Invasão da URSS

A operação que realizou a invasão da União Soviética a partir de 1941 foi uma das maiores efetuadas em guerras na história da humanidade. Barbarossa, do ponto de vista ideológico, teve o objetivo de derrotar e extinguir o bolchevismo soviético. Do ponto de vista da guerra, essa invasão era vital para que a Alemanha mantivesse sua economia em funcionamento.

A União Soviética era uma nação que possuía uma vastidão de recursos importantes para a guerra, e a obtenção desses recursos eram cruciais para manter a Alemanha na guerra. Entre os recursos existentes no território soviético, destacaram-se as fontes de minérios e petróleo na região do Cáucaso. Além disso, a produção de grãos da Ucrânia era fundamental para que a população alemã não passasse fome.

Com esses objetivos, o ataque foi organizado para junho de 1941, com a mobilização de quase 4 milhões de soldados, entre elas, as suas melhores unidades de Forças especiais da época. A Alemanha da época contava com o melhor exército do mundo, uma tecnologia muita avançada para os padrões da época, armas de ponta, tanques de ultima geração, a família Panzer I, II, III, IV e V, caças avançados ME 109 e Stuka. Antes do ataque, o líder da União Soviética, Josef Stalin, recebeu inúmeros avisos acerca dos planos alemães, mas Stalin nunca os levou a sério, segundos relatos após a invasão, entrou em profunda depressão, levando mais 2 meses para acreditar e se recuperar, essas advertências partiam da inteligência britânica e de diferentes agentes soviéticos.

Forças
Alemanha Nazista

3,8 milhões de soldados
3 350–3 795 tanques Panzer
3 030–3 072 veículos blindados
2 770 aeronaves de vários tipos
7 200 peças de artilharia

União Soviética de Stalin

2,6–2,9 milhões de soldados
11 000 tanques
7 133–9 100 aeronaves

14 000 000 de soldados na reserva

Baixas
Alemães:
186 452 mortos
655 179 feridos
40 157 desaparecidos
2 093 aeronaves destruídas
2 758 blindados destruídosOutros do Eixo:
128 000 mortos ou desaparecidos (italianos, finlandeses e romenos)
Russos:
802 191 mortos (somente baixas documentadas)
3 000 000 feridos
3 300 000 capturados
21 200 aeronaves destruídas
20 500 veículos blindados perdidos

Para os padrões militares da época, apesar da URSS possuir um grande exército, era considerado um gigante com pés de barro, ou seja, um exército obsoleto. E as únicas ações tomadas por ele para reforçar as defesas soviéticas foram a instalação de artilharia antiaérea em Moscou e a convocação de 800 mil reservistas para o Exército Vermelho. A inércia do líder soviético explicava, em parte, a facilidade dos alemães em conquistar as fronteiras e penetrar milhares de quilômetros adentro do território soviético.

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Mapa da invasão no formato militar em pinça.

Ataque em 3 frentes.

O ataque foi iniciado na madrugada de 22 de junho de 1941, com os mais de 3 milhões de soldados, e conquistou rapidamente as fronteiras. Muitos generais alemães discordavam dessa campanha por causa de sua dificuldade e, em geral, todos concordavam que uma vitória contra a União Soviética deveria ser estabelecida de maneira rápida para evitar a reorganização da resistência inimiga e a começar faltar recursos aos alemães.

Com isso, foram estabelecidos quatro alvos primordiais para o sucesso da campanha:

  • Conquistar a malha industrial da cidade de Leningrado, ao norte da União Soviética;
  • Conquistar o centro administrativo do país, ou seja, a capital Moscou;
  • Conquistar as terras produtoras de grãos nos arredores de Kiev e, posteriormente, deslocar os exércitos alemães para a conquista do recursos minerais da União Soviética a partir da conquista de Stalingrado.

Essa estratégia foi estabelecida por Hitler, que dividiu o exército alemão em três grandes exércitos militares, foi feito um ataque em pinça. Grande parte dos estrategistas alemães tentou convencer Hitler a realizar um ataque único contra Moscou, mas o líder nazista optou pela divisão das tropas. Vista como equivocada, essa estratégia quase deu certo, no entanto, fracassou.

Conforme havia sido definido, a conquista deveria acontecer de maneira rápida e fulminante, o que, de fato, quase aconteceu. Os alemães cercaram Leningrado durante 900 dias mais ou menos, conquistaram Kiev facilmente, quase conquistaram Stalingrado e estiveram nos arredores de Moscou. O ataque alemão perdeu fôlego por falta de recursos, pela vastidão do território e do exército soviético e pelo rigoroso inverno soviético, também conhecido como “General Inverno”, Hitler cometeu o mesmo erro de Napoleão para com suas tropas.

O fracasso alemão, inclusive, já era de conhecimento da cúpula nazista em novembro e dezembro de 1941. Foi sugerido a Hitler que o confronto contra a União Soviética fosse resolvido diplomaticamente, porém ele continuou a acreditar na derrota e seguiu com os ataques. As grandes derrotas alemãs na União Soviética aconteceram em Stalingrado e, posteriormente, em Kursk.

Referência bibliográfica:

Site: História do Mundo

Site: Wikipédia

Site: BBC News – Brasil

 

 

 

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